Ou, dando os merecidos créditos a quem veio antes de nós e nos ajudou na pesquisa
É importante que você saiba que plágio é crime! Mas, calma, utilizar o argumento de autoridade ou a pesquisa de outras pessoas é mais do que natural e acaba sendo muito importante, desde que você identifique essas pessoas de forma correta.
Imagine que eu, para um artigo, utilizei o pensamento desenvolvido por Umberto Eco em um livro chamado “Os limites da interpretação”. No final do trabalho, na parte destinada às “referências bibliográficas” ou à “bibliografia” (mesma coisa, nomes diferentes), vou dar o máximo de informações possível sobre esse livro, para que alguém que esteja interessado em também entrar em contato com o pensamento de Eco possa encontrar o livro facilmente.
A primeira coisa que eu preciso identificar é o nome do autor. Para isso, eu começo pelo sobrenome (partimos do princípio que existem menos “ECOS” do que “UMBERTOS” fazendo pesquisa por aí em literatura). Por isso, o sobrenome vem antes e em letras maiúsculas (chama mais a atenção):
ECO, Umberto.
Como o Umberto Eco foi um escritor bastante ativo (ele publicou 85 livros!), é importante deixar bem claro o nome do livro que pesquisei. Para isso, utilizaremos o negrito. Assim:
ECO, Umberto. Os limites da interpretação.
Depois disso, ainda precisamos indicar qual o volume exatamente utilizamos, caso haja algo diferente de uma edição para a outra, ou coisa assim. Começamos pela cidade de publicação (veja bem, faz diferença um livro publicado no Brasil e um em Portugal, pela forma de escrever, tradução entre outras coisas). Depois, colocaremos o nome da editora e o ano de publicação.
ECO, Umberto. Os limites da interpretação. São Paulo: Perspectiva, 2015.
Aqui, vamos usar o exemplo do livro “A mão e a luva”, de Machado de Assis, encontrado no site do projeto Gutenberg. Usando a mesma lógica do exemplo anterior, começaremos pelo sobrenome do autor, nome (Machado não é nome! Ele se chamava Joaquim Maria Machado de Assis! Juro!), e livro.
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. A mão e a luva.
Como eu encontrei a editora, cidade e ano de publicação, também colocarei nas referências. Afinal, toda informação é importante:
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. A mão e a luva. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1919.
Porém, como eu estou usando uma versão online desse livro, eu preciso indicar a url (ou o link) de onde a obra se encontra. Nesse caso, como você já sabe, o livro está no portal do projeto Gutenberg (www.gutenberg.org). Essa informação deve constar nas referências da forma mais específica e completa possível, para que o leitor do seu trabalho possa também encontrar a fonte sozinho. Então, vou copiar a url completa:
ASSIS, Joaquim Maria Machado de. A mão e a luva. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1919. Disponível em: <https://www.gutenberg.org/files/53101/53101-h/53101-h.htm>. Acesso em: 02 out. 2017.
Você percebeu que, além de todas essas informações, também consta a data de acesso. Sabe por quê? Como internet é algo dinâmico, algumas páginas são modificadas ou saem do ar. Assim, seu leitor sabe que, no dia marcado nas referências, o endereço citado tinha o conteúdo que você pesquisou.
Alguns sites para manter por perto:
PRONTO! Essa é a maneira manual de fazer as citações de livros (dependendo do tipo de texto, algumas coisas serão diferentes. Vale a pena conferir as normas da ABNT). Caso você prefira fazer de uma forma digital e prática, aqui vai um site que, a partir de um formulário respondido com informações do material, gera a referência para você: http://novo.more.ufsc.br/inicio . (Se você fizer cadastro, todas as referências geradas por você ficarão salvas no portal para sempre).